Aborto/outsorcing
Ontem, chegava-me um som de telejornal, longe, longe…. Ouvi falar do aborto. Abri os olhos e vi os bispos que compõe a Conferência Episcopal Portuguesa. Uns velhotes não muito “tu cá tu lá” .
E pensei “Será que algum deles, um dia, nos seus tempos virís, engravidou a sopeira e depois, vamos ao aborto, minha p…. ?” Não tenho razões para acreditar nisso.
Mas gostei da alusão que eles fizeram ao direito divino. Ao direito à vida como direito natural (o que está, na natureza, juntamente com as abelhas os golfinhos)
Aqueles velhotes até dizem coisas com sentido. Mas tem um ar tão “out”! Parece que saíram da Idade Média directamente para o telejornal Vistam-se como as pessoas normais, “jeans” rasgados, ténis com caveiras, etc.
Agora a sério. Eles têm razão. Ninguém se oferece à morte de mão beijada. Digo eu. Excepto os suicidas, pois tem direito ao suicídio, tal como à eutanásia.
Mas eu concordo com aqueles velhotes, digo bispos, Senhores Bispos, Excelentíssimos Bispíssimos da Conferência Episcopal Portuguesa, Vossas Excelências (embora a vossa experiência de vida tenda para zero, convenhamos!)
Por exemplo, uma das experiências de vida mais traumáticas é o desemprego, no meio urbano. Ter gente dependente e saber que já não temos nada para lhes dar. Que estamos secos de tudo, até de afecto, não é agradável?
Por isso, na lógica da aceitação do aborto, como método de planeamento “familiar”( não tenhamos dúvida que é aí que vamos cair) admito que as empresas passem também a trabalhar numa nova modalidade de “outsourcing”:
Fornecer kits de suicídio, ou ter salas de morte assistida. Porque não? Então, cada um não é dono de si próprio? Evitavam-se custos sociais do desemprego, da velhice! Olha o Ministro X a rejubilar. Parece que estou a vê-lo He!he!..Senhor Miniiiiistro , ! Olá ! Um bem haja para si!