2007-01-12


Cravinho não aceitou um presunto
Hoje, li no DN /3/ que Cravinho era tão impoluto, tão incorruptível que uma vez mandaram-lhe um presunto e ele não aceitou.
Porém, não o devolveu ao remetente.
Tomou-o como seu, oferecendo-o a uma colaboradora.
Se fosse eu a referida colaboradora teria perguntado:
-Não sabe o Senhor Ministro que "se não há almoços grátis" também não há presuntos grátis?
E continuaria :
-Se V.Exa não deseja ficar com o presunto que o doe a um Banco Alimentar, à sopa dos pobres , na P. do Chile, ou até a um sem -abrigo, que os desgraçados andam mais esfomeados que cães abandonados.
E por fim:
-Mas Sr. Ministro faça generosidade à sua conta, tenha dó.
Este diálogo é imaginado. Mas a leitura da p/3 do DN deixou-me democráticamente comovida.
Só é pena que esta exibição de presuntos, como virtude democrática, seja tão insignificante.
Excepto no mau cheiro, claro.