“Do mal, o menos”, Rolo Duarte
Hoje vou postar sobre a sua crónica do DN “ do mal, o menos” .
Faz o paralelo entre a sociedade, em geral e a televisão, nos últimos dez anos. Qual evoluiu mais, ou melhor? A Sociedade ou a televisão?
A questão, quanto a mim, está mal posta.
Estas duas realidades são inseparáveis. Exercem uma sobre a outra o efeito de espelho.
Talvez a televisão seja mais causa do que efeito da qualidade social global.
Assim sendo, a televisão é (em grande parte) responsável pelo mal social e depois reflecte-o.
Na verdade, a falta de qualidade é comum às duas.
O que pode justificar que a SIC generalista exiba aquela coisa da Flor de manhã, à tarde e à noite aos feriados, na noite de ano novo, etc.
Nada. A não ser a absoluta falta de meios financeiros.
O que pode justificar, na TVI, o desfile pedófilo de há meses, o testemunho de Bibi em directo, a exploração do funeral do miúdo dos Morangos?
O mau gosto nacional, o voyarismo do hiper-real televisivo, que exerce um grande e indesmentível fascínio.
Para já não falar na sangria do SHussein a abrir os telejornais. O fascínio do espectador pelo sangue não é invenção dos jornalistas.
Quanto à sociedade:
Se a televisão é a legenda da realidade, a sociedade legendada é a televisão.
Inseparáveis. O mesmo objecto.
Quanto à SIC generalista, o seu irrealismo, a fuga para as fadas e bruxas, o pôr todos os espectadores a “pensarem” ao nível da primeira infância constitui uma dimensão de pura ficção. Em termos sociais é apenas, irreal. Inofensiva.
Quanto à sociedade p.d.( se é que existe) sucedem-se (como nos mostra a televisão!) os abusos e morte de crianças, com uma crueldade inimaginável, escolas vandalizadas, pelas ditas crianças cujas, e um adolescente a kebrar carros em Évora numa demonstração de vocação premonitória para operador de câmara ou participante num show televisivo. Onde foi ele buscar a ideia desta brincadeira? À televisão. É um ciclo viciado. Não se podem separar.
Por isso, Rolo Duarte, na minha opinião a sua crónica não tem um objecto para discernir, embora possa ter um objectivo.
Hoje vou postar sobre a sua crónica do DN “ do mal, o menos” .
Faz o paralelo entre a sociedade, em geral e a televisão, nos últimos dez anos. Qual evoluiu mais, ou melhor? A Sociedade ou a televisão?
A questão, quanto a mim, está mal posta.
Estas duas realidades são inseparáveis. Exercem uma sobre a outra o efeito de espelho.
Talvez a televisão seja mais causa do que efeito da qualidade social global.
Assim sendo, a televisão é (em grande parte) responsável pelo mal social e depois reflecte-o.
Na verdade, a falta de qualidade é comum às duas.
O que pode justificar que a SIC generalista exiba aquela coisa da Flor de manhã, à tarde e à noite aos feriados, na noite de ano novo, etc.
Nada. A não ser a absoluta falta de meios financeiros.
O que pode justificar, na TVI, o desfile pedófilo de há meses, o testemunho de Bibi em directo, a exploração do funeral do miúdo dos Morangos?
O mau gosto nacional, o voyarismo do hiper-real televisivo, que exerce um grande e indesmentível fascínio.
Para já não falar na sangria do SHussein a abrir os telejornais. O fascínio do espectador pelo sangue não é invenção dos jornalistas.
Quanto à sociedade:
Se a televisão é a legenda da realidade, a sociedade legendada é a televisão.
Inseparáveis. O mesmo objecto.
Quanto à SIC generalista, o seu irrealismo, a fuga para as fadas e bruxas, o pôr todos os espectadores a “pensarem” ao nível da primeira infância constitui uma dimensão de pura ficção. Em termos sociais é apenas, irreal. Inofensiva.
Quanto à sociedade p.d.( se é que existe) sucedem-se (como nos mostra a televisão!) os abusos e morte de crianças, com uma crueldade inimaginável, escolas vandalizadas, pelas ditas crianças cujas, e um adolescente a kebrar carros em Évora numa demonstração de vocação premonitória para operador de câmara ou participante num show televisivo. Onde foi ele buscar a ideia desta brincadeira? À televisão. É um ciclo viciado. Não se podem separar.
Por isso, Rolo Duarte, na minha opinião a sua crónica não tem um objecto para discernir, embora possa ter um objectivo.