«...o verdadeiro método para chegar ao conhecimento ...»
Descartes (Discurso do método, em, Cl,1992/ Sá da Costa , p.16)
«O primeiro consistia em nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa como sem a conhecer evidentemente como tal;»
Na sua fluência discursiva há quem intercale, entre duas frases, “é evidente”
( estou-me a lembrar da Leonor Beleza, em passadas entrevistas televisivas!)
Mas é relativamente vulgar.
Esta muleta de linguagem tem vantagens:
1º- o falante, dispensa-se a ele próprio de argumentar, ou procurar provar por qualquer forma!
2º- o falante chama “estúpido” ao interlocutor e comunidade, em geral.
3º- se o falante for uma «autoridade» a maioria acata o tal «é evidente” com mais prazer.
Afinal, trata-se de um resquício cartesiano.
Tal como “ é obvio”. Cá temos Descartes e o racionalismo a fazer a língua.
“Tá-se mesmo a ver” é sinónimo noutra escala cultural, mais requintada. “Entra pelos olhos adentro”, outra forma e por aí fora...
O que é curioso é que esta frase “é evidente!” é tão pouco democrática, muitas vezes ... como um terramoto, uma tsunami...etc.
Pois, não é verdade, que em democracia cada um diz?
“É a vida” dizia Guterres, sem procurar qualquer lógica, para a “falta de lógica” .
Ou “ É normal, em democracia” ! o preferido do Dr. Soares.
Neste momento, não me estou a lembrar de outras muletas do discurso político de celebridades.
Mas aceitar tudo, assim, sem tentar explicar !
Sem investigar as “aberrações do dia”, ou,
vá lá “ da semana” ou até “do
mês” é deixar –se ir, na torrente dos acontecimentos .
Grande onda!
Confuso!
Esta confusão foi o ponto de partida de Descartes para expor o seu método para entender as complexidades, no DM. (DM nada tem a ver com DIAP !)
Até lá, até construir o seu método de análise, só publicado, em 1667, disse o filósofo, jurista, matemático:
« ...resolvi ir tão lentamente, e usar tanta circunspecção em tudo, que embora não avançasse senão muito pouco, evitaria pelo menos cair»
,
Olhe, caro amigo Descartes, que por séculos, têm seguido este conselho aqui no burgo.
Queixam-se de falta de tempo para ler “O Discurso do Método” . Ou reinventá-lo, se forem capazes!
Pelo menos, evitam cair. Ou pensam que evitam...
Descartes (Discurso do método, em, Cl,1992/ Sá da Costa , p.16)
«O primeiro consistia em nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa como sem a conhecer evidentemente como tal;»
Na sua fluência discursiva há quem intercale, entre duas frases, “é evidente”
( estou-me a lembrar da Leonor Beleza, em passadas entrevistas televisivas!)
Mas é relativamente vulgar.
Esta muleta de linguagem tem vantagens:
1º- o falante, dispensa-se a ele próprio de argumentar, ou procurar provar por qualquer forma!
2º- o falante chama “estúpido” ao interlocutor e comunidade, em geral.
3º- se o falante for uma «autoridade» a maioria acata o tal «é evidente” com mais prazer.
Afinal, trata-se de um resquício cartesiano.
Tal como “ é obvio”. Cá temos Descartes e o racionalismo a fazer a língua.
“Tá-se mesmo a ver” é sinónimo noutra escala cultural, mais requintada. “Entra pelos olhos adentro”, outra forma e por aí fora...
O que é curioso é que esta frase “é evidente!” é tão pouco democrática, muitas vezes ... como um terramoto, uma tsunami...etc.
Pois, não é verdade, que em democracia cada um diz?
“É a vida” dizia Guterres, sem procurar qualquer lógica, para a “falta de lógica” .
Ou “ É normal, em democracia” ! o preferido do Dr. Soares.
Neste momento, não me estou a lembrar de outras muletas do discurso político de celebridades.
Mas aceitar tudo, assim, sem tentar explicar !
Sem investigar as “aberrações do dia”, ou,
vá lá “ da semana” ou até “do
mês” é deixar –se ir, na torrente dos acontecimentos .
Grande onda!
Confuso!
Esta confusão foi o ponto de partida de Descartes para expor o seu método para entender as complexidades, no DM. (DM nada tem a ver com DIAP !)
Até lá, até construir o seu método de análise, só publicado, em 1667, disse o filósofo, jurista, matemático:
« ...resolvi ir tão lentamente, e usar tanta circunspecção em tudo, que embora não avançasse senão muito pouco, evitaria pelo menos cair»
,
Olhe, caro amigo Descartes, que por séculos, têm seguido este conselho aqui no burgo.
Queixam-se de falta de tempo para ler “O Discurso do Método” . Ou reinventá-lo, se forem capazes!
Pelo menos, evitam cair. Ou pensam que evitam...
